Sábado, 05 Maio 2012 11:45

A rainha do rodeio e a república do fim do mundo. Vale a pena refletir.

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Após muita disputa e votação pela internet será premiada uma jovem como rainha do rodeio em Lavras.
 
Por coincidência a festa da rainha será feita na república "Fim do Mundo" um nome bem sugestivo para a reflexão.
 
Talvez no nosso tempo reflexão e beleza não combinem. Quem for bonito ou bonita não precisa pensar. Basta ter atributos pessoais de rosto ou de corpo que não precisa ter mais nada.
 
De uma certa maneira todos nós estamos reféns da ditadura da beleza. Produtos, cremes, roupas de marca, pláticas, academias, maquiagens, jóias, enfim, todo um ritual de entrega, de "adoração" é construído no culto à beleza.
 
Mas a paixão cega pela beleza esvazia a razão, esconde outros valores da vida e embota a visão. Por essa lógica a mulher de quarenta será em breve substituída por duas de vinte. O mesmo também já pode acontecer com os homens.
 
Lembremos de Sansão e Dalila. Ele um homem forte mas que foi dominado pela ditadura da beleza.
 
No fim da história ele ficou cego, perdeu a força, foi preso e escravizado pela ilusão dos próprios olhos.
 
De um jeito ou de outro o "fim do mundo" sempre chega. E no "fim do mundo" a escravidão da beleza não se mantém diante da força da verdade.
 
Um bom exemplo foi citado por Mario Sérgio Cortella em seu livro "Qual é a tua obra". Ele conta que na antiguidade romana, quando um general ganhava uma guerra, ele entrava na cidade em um carro puxado por dois cavalos. Quando ele se dirigia ao senado, por lei, um escravo tinha a obrigação de a cada quinhentas jardas, subir ao carro e dizer no ouvido no general aclamado pelo povo a seguinte frase: "Lembre que és mortal"
 
Quem sabe alguém nesse  (fim) mundo nos retire da ilusão da ditadura da beleza e nos devolva para realidade de que somos todos mortais.  Pena que o nosso tempo está cheio de reis e de rainhas narcizistas, cujo poder não é para servir ao outros mas apenas para esnobar.
 
Cuidar do próprio corpo é uma coisa. Supervalorizar a beleza é outra. Essa supervalorização retira a força da existência, cega a vida e gera ilusão. Sansão que o diga.
 
Que Deus e sua Palavra Sagrada ilumine os nossos caminhos. 

 

Lida 4546 vezes Última modificação em Quarta, 09 Maio 2012 19:07
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