Você tem medo da morte ou da desonra?
Escrito por Paulo Marcos Ferreira
O Brasil se despede de um grande político mineiro que chegou ao cargo de Vice Presidente da República, ao lado do então Presidente Lula. Ao ser questionado não hesitou em responder: “Eu não tenho medo da morte, mas da desonra”.
O diálogo aconteceu com o jornalista Paulo Henrique Amorim, quando José Alencar completou a frase dizendo:
“José de Alencar – Eu não tenho medo da morte.
Paulo Henrique Amorim – Nenhum medo?
José de Alencar – Não. Eu tenho medo da desonra. Porque o homem honrado, especialmente, o homem que milita na vida pública honrado, ele não morre nunca. Agora, se ele for um camarada desonrado, ele morre em vida.”
Sem dúvida o Ex Vice Presidente da República deixou para todos os brasileiros uma frase de muita convicção.
Alguém pode pensar que, para defender a própria honra terá que matar um vizinho, um colega de trabalho ou quem sabe o próprio cônjuge. Aliás, no Brasil a violência contra mulher e os crimes passionais são uma vergonha da nossa convivência social.
Certamente nunca foi isso que o Presidente José Alencar quis dizer. Na verdade sua mensagem foi no sentido de que precisamos preservar os valores da nossa existência da mesma forma com que preservamos a nossa vida. E sem dúvida José Alencar soube lutar pela vida enquanto teve forças.
A ousadia e a convicção de José Alencar se voltou para a vida pública honrada, coisa pouco comum dos políticos no Brasil.
Paulo teve convicções e valores tão fortes como a própria vida, não por causas políticas, mas para honrar a fé em Jesus Cristo.
Aos Filipenses ele chegou a dizer: “...em nada serei confundido, antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho”. (Filipenses 1:20 e 21).
Que a morte do empresário, político e Ex-Vice Presidente da República José Alencar, nos faça lembrar que os valores da nossa fé cristã, são maiores do que qualquer convivção política. A exemplo de Paulo devemos honrá-los, assim como se preserva a própria vida.